Livro “A Vergonha” com Resumo para Baixar em PDF

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A Vergonha é um livro escrito por Annie Ernaux e publicado por Fósforo Editora. Foi desenvolvido no formato Capa comum e está dividido em 88 páginas.

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Resumo do Livro "A Vergonha" de Annie Ernaux

O livro A Vergonha, escrito por Annie Ernaux, é uma obra intensa e emocionante que aborda temas complexos como a memória, a intimidade e as marcas que a sociedade deixa em cada indivíduo.

Ernaux utiliza uma linguagem poética e ao mesmo tempo crua para narrar sua história pessoal, que se mescla com a história política e social da França. Ela conta sobre sua vida em uma família humilde e simpática, criada para trabalhar duro e alcançar um futuro melhor, uma vida que é como a de tantos outros. Mas a autora revela um segredo que carrega consigo há décadas e que a permeia completamente: o aborto.

Ernaux expõe suas emoções, seus sentimentos, suas culpas e sua dor ao descrever a desumanidade dos procedimentos médicos, a solidão em que se viu mergulhada, a vergonha que a tomou e as dificuldades que enfrentou para superar tudo isso. Ela destaca como essa experiência moldou sua vida e sua personalidade, como a sombra do aborto a acompanhou em tudo o que fez e como foi difícil superá-lo e seguir em frente.

Além de tratar da vida da autora, A Vergonha é um relato sobre a história da França e a posição das mulheres na sociedade. Ernaux apresenta um debate que se estende por décadas, um conflito que, por muitos anos, foi resolvido apenas com silêncio e dor. Ao narrar sua experiência pessoal, a autora explicita o que muitas mulheres passaram, e ainda passam.

A escrita de Annie Ernaux é envolvente e surpreendente, criando um elo forte entre a autora e o leitor. A Vergonha é uma leitura necessária e impactante, que fala sobre temas relevantes e urgentes, ao mesmo tempo que apresenta uma história pessoal que pode transformar, tocando e emocionando.

Conheça as informações técnicas relacionadas ao livro.

TítuloA Vergonha
AutorAnnie Ernaux
EditoraFósforo Editora
FormatoCapa comum
Páginas88 páginas
ISBN 106584568504
ISBN 139786584568501
Preço Preço Revelar preço



O livro "A Vergonha" de Annie Ernaux é bom? Vale à pena?

O livro A Vergonha é bom!

Nota 8.8


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Em resumo, isso significa que o livro A Vergonha é considerado uma boa leitura. Você pode comprar, não vai se arrepender.

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A Vergonha - Resenha

Resenha é texto usado para descrever e analisar alguma produção textual – no nosso caso, as obras literárias. Todos os livros, de modo geral, podem ser resenhados. Além disso, há também as chamadas resenhas temáticas, que reúnem informações de diversos livros e autores que abordam um mesmo assunto.

Veja abaixo os pontos positivos e os pontos negativos do livro A Vergonha de Annie Ernaux.

Principais pontos positivos deste livro

Veja abaixo os pontos positivos enviados por nossos usuários:

  • Ponto positivo Uma leitura curta (apenas 88 páginas) e até vale a leitura para conhecer o estilo literário da atual ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura (somente não espere algo surpreendente pois trata-se apenas de um relato autobiográfico
  • Ponto positivo Excelente produto e com entrega antes do prazo.
  • Ponto positivo A bem da verdade
  • Ponto positivo Annie Ernaux recebeu o Prêmio Nobel de Literatura
  • Ponto positivo portanto minha a leitura foi acompanhada pela boa repercussão da notícia

Principais pontos negativos deste livro

  • Nenhum ponto negativo informado até o momento.

Depoimentos e análises dos usuários

Veja abaixo os 5 depoimentos disponíveis. Esperamos que eles ajudem no seu processo de decisão.

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Etnóloga De Si Mesma. “Meu pai tentou matar minha mãe num domingo de junho, no começo da tarde.”Essa é a frase de abertura de A Vergonha, oitavo livro de Annie Ernaux e o quarto publicado no Brasil.

Resumidamente, trata-se de um romance autobiográfico que gira ao redor do ocorrido e, com apenas 80 páginas, revela-se uma rápida e impactante leitura, duas características da obra da escritora.

A bem da verdade, essa foi a primeira vez que Ernaux escreveu a cena e ela revela que foi mais fácil do que imaginava, pois passado para o papel, o que houve parece até banal, “algo que ocorre nas famílias com mais frequência do que eu pensava, talvez porque a escrita normalize o ato, inclusive o mais dramático deles”.

Sua estratégia foi retroceder ao ano de 1952, “para decompor e remontar, ao redor da cena daquele domingo de junho, o texto que compunha seu mundo aos doze anos, quando achou que iria enlouquecer”.

Portanto, sua proposta não foi fazer uma narrativa, pois ela produziria uma realidade em vez de buscar uma. Também ela não se limitou a elencar e descrever as imagens da memória, pois gostaria de tratá-las como documentos que vão iluminar uns aos outros ao serem abordados de diferentes pontos de vista.

Como ela afirma, “gostaria de ser etnóloga de si mesma”. A partir do incidente, o que emerge é uma adolescente que passa a perceber as diferenças entre dois mundos da qual faz parte e como não se encaixa em nenhum deles.

O primeiro é formado por pessoas simples, isto é, seus familiares, vizinhos e fregueses da mercearia dos pais; enquanto que o outro reúne pessoas mais instruídas e com outros costumes, como as professoras e colegas da escola particular onde estuda ou os companheiros de uma excursão para Lourdes.

Enfim, “a vergonha passa a ser um modo de vida para ela”. Quanto ao aspecto literário, A Vergonha reúne os principais temas e técnicas tipicamente "ernausianas", como a estrutura narrativa circular (a conclusão reencontra o começo), a escrita plana (“o emprego de uma linguagem cortante e desprovida de sentimentalismos”) e a singular abordagem do “eu” que faz com que ele também possa se referir a “nós” ou ao “outro”.

Finalmente, comecei a ler esse livro em 5 de outubro e no dia seguinte, Annie Ernaux recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, portanto minha a leitura foi acompanhada pela boa repercussão da notícia, inclusive, desde que a Editora Fósforo passou a publicar os livros da escritora em nosso país, já são quatro até aqui, ela vem angariando um bom número de admiradores brasileiros.

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A violência doméstica e o despertar da vergonha. No livro “ O Lugar” ( Editora Fósforo ISBN 6589733023), Anne Ernaux não omite os entreveros domésticos pautados em discussões verbalizadas na irá e nos insultos.

Um pequeno fragmento da obra em comento faz lume ao assunto: [....] “Nessa época, ele começou a ter acessos de raiva, que eram raros, mas acompanhados por uma expressão de ódio (...) Nossas brigas na mesa começavam sem motivo.

Eu sempre achava que tinha razão porque ele não sabia discutir”Não obstante, na redação do livro “ A Vergonha “, Anne Ernaux em suas palavras inicias descreve o pomo mais nefasto da violência doméstica.

Anne Ernaux exara estarrecida com todas as letras que a construção semântica pode abarcar: [...] Meu pai tentou matar minha mãe num domingo de junho, no começo da tarde (...) Ele se levantou e eu o vi segurar minha mãe com força e arrastá-la para o café aos gritos, com uma voz rouca, que eu nunca tinha ouvido.

Fugi para o andar de cima e me joguei na cama, com a cabeça no travesseiro. Depois ouvi minha mãe berrar: “Filha, filha!”O vislumbre de presenciar o possível feminicídio cometido pelo pai contra a mãe é um enredo subjetivo e objetivo para compor o livro “ A Vergonha”.

Deveras, uma experiência que destroça a confiabilidade e a segurança do lar. Aqueles que, infelizmente , presenciaram ou foram vítimas de violência doméstica, são sabedores do quão dolorido é esse rompimento de confiabilidade: [...] “A vergonha promove um descolamento, que faz com que a Annie de 12 anos pela primeira vez comece a se enxergar de fora e, de modo ainda mais dilacerante, a observar sua vida doméstica com um olhar desfamiliarizado’A vergonha sofrida pela protagonista promove uma observação crítica do casal ( seus pais), que possuem um pequeno comércio e permeia com um olhar atento às diferenças entre as classes sociais, que versam sobre questões religiosas, econômicas, financeiras e costumes.

Promove uma sensação de um não pertencimento, ou algo que está fora de contexto. Para uma garota de 12 anos que deveria estar entrando em sua adolescência com as dificuldades inerentes a própria a idade, ser arremessada ao mundo dos adultos tendo os seus pais como protagonistas principais de uma infâmia é o elemento desencadeador de “ A Vergonha” que a marcou indelevelmente por toda a sua vida.

FONTEFOLHA DE SÃO PAULO. 6.out.2022 às 9h22. Ligia Gonçalves Diniz é doutora em literatura pela UnB, professora na UFMG e autora de "Imaginação como Presença: O Corpo e seus Afetos na Experiência Literária".

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Estilo intimista, que me fascina e vicia. Terceiro livro que leio de Annie Ernaux, A vergonha me surpreende: termino de lê-lo já com vontade de ler o próximo.

Por que será que me sinto tão ligada a esses relatos autobiográficos, carregados de descrições detalhadas da realidade cultural do interior da França dos anos 50, ao mesmo tempo tão familiar e tão estrangeira para mim.

Apesar do tema e do estilo literário se aproximarem bastante dos dois primeiros livros que li da escritora francesa (Os anos e O lugar), A vergonha me tocou de perto e me fez refletir sobre o mundo em que vivi até meus doze anos de idade: a convivência diária com os pais, a educação em escola particular de orientação católica, a tomada de consciência de que o mundo é muito mais extenso do que eu imaginava e de que a humanidade é composta por diferentes classes sociais.

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Entre antes do prazo. Excelente produto e com entrega antes do prazo.

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Um relato sobre a vergonha de uma família. Como é de conhecimento dos leitores de Annie Ernaux, a obra da autora é autobiográfica, em que ela relata algum fato da vida que a impactou, traumatizou, que a marcou...

Nesse livro não é diferente. Aqui a autora retoma uma lembrança de um acontecimento que vivenciou quando criança (aos 11 ou 12 anos) com seus pais, que a marcou profundamente e que a persegue até os dias atuais.

O trauma ficou gravado em sua memória e ela se sente perturbada por essa lembrança até hoje, e então decide começar a colocar no papel o acontecimento, pois falar dele é sempre doloroso, mas para a autora, talvez a escrita a ajudasse a lidar com o tema.

Após 1/3 do relato sobre o acontecimento a autora começa a perceber que esse relato estava se tornando um livro e a partir daí começa a rememorar sua vida nessa fase, suas memorias, seus desejos, seus traumas, mesmo os fatos corriqueiros de uma infância pobre da década de 50 no interior da França.

Junta ainda à essas memórias a busca por informações sobre o período: busca notícias em jornais da época, em relatos, em documentos, em fotografias de família...É um livro/relato tocante, principalmente para quem se identifica com a vivência da autora, mas achei que, ao se dar conta de que “o acontecimento” estava se tornando um livro, a autora não tinha muito mais para relatar sobre o tema, e buscou preencher o espaço do livro com memórias da época que não necessariamente tinham a ver com a proposta inicial.

Mas ao caminhar para o final do relato a autora apresenta sua reflexão atual sobre os fatos ocorridos e como a adulta de então foi construída a partir dessas vivencias e consegue um fechamento interessante (analiticamente falando).

Uma leitura curta (apenas 88 páginas) e até vale a leitura para conhecer o estilo literário da atual ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura (somente não espere algo surpreendente pois trata-se apenas de um relato autobiográfico, que poderia ter ocorrido com qualquer pessoa).

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