Fratura: Vida e cultura no Ocidente, 1918-1938 é um livro escrito por Philipp Blom e publicado por Record. Foi desenvolvido no formato Capa comum e está dividido em 560 páginas.
“Fratura: Vida e cultura no Ocidente, 1918-1938”, escrito por Philipp Blom, é uma obra que mergulha nas complexidades sociais, políticas e culturais do período entre as duas guerras mundiais. Blom, com sua prosa envolvente e erudita, oferece uma análise profunda das transformações que moldaram a Europa e, por extensão, o Ocidente, em um momento de intensa turbulência e mudança.
O autor inicia sua narrativa logo após o fim da Primeira Guerra Mundial, um período marcado por um sentimento de desilusão e a busca por novas identidades. Blom explora como a guerra não apenas devastou nações, mas também desmantelou velhas certezas, levando a uma reavaliação dos valores e das tradições. Através de uma rica tapeçaria de eventos históricos, figuras proeminentes e movimentos culturais, o autor revela como a arte, a literatura e a filosofia refletiram e responderam a esse clima de incerteza.
Um dos pontos altos do livro é a análise das vanguardas artísticas que emergiram nesse período. Blom discute como movimentos como o surrealismo e o expressionismo não apenas desafiaram as normas estéticas, mas também se tornaram veículos de crítica social e política. Ele destaca a importância de artistas e pensadores como Virginia Woolf, James Joyce e André Breton, que, em suas obras, capturaram a essência de uma sociedade em frangalhos, buscando novas formas de expressão em meio ao caos.
Além da arte, Blom também aborda as mudanças sociais significativas que ocorreram, como a ascensão do feminismo e a luta por direitos civis. Ele examina como as mulheres, que desempenharam papéis cruciais durante a guerra, começaram a reivindicar sua voz e espaço na sociedade, desafiando as normas patriarcais estabelecidas. Essa análise é particularmente relevante, pois mostra como as questões de gênero se entrelaçam com as narrativas culturais e políticas da época.
O autor não se esquiva de discutir as tensões políticas que começaram a emergir, culminando na ascensão do totalitarismo. Blom traça um paralelo entre a arte e a política, mostrando como a cultura pode ser tanto um reflexo quanto uma resposta às crises sociais. Ele argumenta que, enquanto a arte buscava a liberdade e a inovação, a política se tornava cada vez mais opressiva, criando um ambiente de frustração e resistência.
“Fratura” é, portanto, uma obra que não apenas documenta um período histórico, mas também provoca reflexões sobre a condição humana e a busca por significado em tempos de crise. A escrita de Blom é acessível, mas ao mesmo tempo rica em detalhes e insights, tornando o livro uma leitura indispensável para aqueles que desejam entender as raízes das questões contemporâneas que ainda nos afligem.
Em suma, “Fratura: Vida e cultura no Ocidente, 1918-1938” é uma análise magistral que combina história, arte e crítica social. Philipp Blom nos convida a refletir sobre como o passado molda o presente e nos alerta para a importância de compreender as lições da história em um mundo que continua a enfrentar suas próprias fraturas.
Conheça as informações técnicas relacionadas ao livro.
Título | Fratura: Vida e cultura no Ocidente, 1918-1938 |
Autor | Philipp Blom |
Editora | Record |
Formato | Capa comum |
Páginas | 560 páginas |
ISBN 10 | 6555871857 |
ISBN 13 | 9786555871852 |
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